DESIGNER UNIVERSAL
Curiosamente fui em busca de maiores informações e encontrei o texto abaixo que esclarece este novo termo.
Espero que gostem e reflitam sobre este novo conceito.
Eu, particularmente, concordo totalmente com ele. Acredito que em um projeto, tudo deve ser minimanente pensado...
Abraços!
DESIGN UNIVERSAL NA ARQUITETURA
Por Arq. Iberê M. Campos
O conceito de Design Universal relaciona-se ao “Design Inclusivo” e ao “Design para todos”. Significa um enfoque diferenciado para produtos, serviço e ambientes que podem ser usados por todas as pessoas independentemente da idade, habilidade ou condição de saúde.
A idéia está ligada diretamente ao conceito político de uma sociedade inclusiva e sua importância vem sendo reconhecida pelos governos, indústria, comércio e, necessariamente, deve ser levada em conta também pelos Arquitetos, Engenheiros e Designers.
As revistas de decoração e arquitetura muitas vezes mostram residências magníficas com ambientes múltiplos, cascatas e mil artifícios arquitetônicos para dar realce a algum detalhe ou ambiente. Deixando a estética de lado e analisando friamente vários destes projetos, percebe-se que são ambientes pensados apenas para pessoas sadias e com plena capacidade de movimentação.
Não precisamos ir longe para conseguir um exemplo. Quem mora em um pequeno sobrado e quebrou a perna sabe o quanto é difícil tomar banho e ir para o quarto, atividades simples para quem tem saúde mas problemáticas para quem tem algum tipo de limitação física.
O Design Universal é um novo paradigma que surgiu dos conceitos de “barrier-free”, “accessible design” e “assistive technology”. A idéia é que os ambientes forneçam um nível adequado de acessibilidade inclusive às pessoas não totalmente aptas, com limitações físicas, temporárias ou definitivas, mas que não podem ser separadas ou estigmatizadas por isto. Por exemplo, sugere-se usar rampa de acesso ao invés de uma escada convencional, e banheiros que permitam a entrada, circulação e uso inclusive por pessoas em cadeira de rodas. De quebra, ajuda-se também um espectro maior de pessoas, não apenas aquelas com desabilidades, pois os projetistas passam a se preocupar mais com a maneira como as coisas funcionam. Um exemplo clássico aconteceu no exterior, quando se começou a projetar escadas com corremão mais adequado às pessoas com problema nas mãos, no final algumas empresas acabaram lançando peças maiores, fáceis de pegar e mais atraentes-se e que acabaram vendendo bastante, pois o preço ficou competitivo quando começaram a ser produzidos em massa.
À medida em que a expectativa de vida aumenta, devido aos progressos da medicina e à melhoria da qualidade de vida, há um crescente interesse no Design Universal. Muitas indústrias estão aumentando sua participação no mercado justamente pela preocupação com este aspecto.
Mesmo sem que muitos percebam, o Design Universal já faz parte da vida cotidiana. Um exemplo: na informática o comando “Desfazer” existente em todos os programas é uma forma de inclusão, e na Arquitetura os exemplos são muitos. Faixas com textura diferenciada no piso orientam aqueles com deficiência visual, os mictórios e cabines telefônicas para pessoas baixas ou em cadeira de rodas, rampas para acesso nas calçadas e nos edifícios, são todos itens do Design Universal que, felizmente, começaram a ser incorporados nas edificações.
Princípios do Design Universal
A norma básica é facilitar o uso de tudo, por todos, ou seja, a meta é conseguir:
• Uso igualitário
• Flexibilidade de uso
• Uso simples e intuitivo
• Informações facilmente perceptíveis
• Tolerância ao erro (lembra-se do comando “Desfazer” existente nos programas?)
• Baixo esforço físico
• Tamanho e espaço adequados ao uso pelos deficientes
Na prática, estas idéias se transformam em coisas como:
• Superfícies suaves nas entradas, sem escadas
• Portas e corredores internos mais largos
• Alavancas para abertura de porta, nada de botões redondos
• Chaves elétricas com painéis grandes e planos ao invés de pequenas chaves de comutação
• Botões nos painéis de controle que podem ser distinguidos pelo tato
• Iluminação mais brilhante e apropriada nos locais de trabalho
• Placas de instruções com tamanho de letra adequado à quem não enxerga bem
• Uso de símbolos (ícones) ao lado das etiquetas com texto
• Linhas de visão e texturas bem demarcadas ao longo dos caminhos
• Possibilidade de escolha de diversas línguas nos auditórios
• Rampa de acesso dentro das piscinas, para crianças, animais ou pessoas em dificuldade
• Televisores com zoom
A lista é longa, a idéia é que todos possam usufruir dos ambientes e dos objetos. Pense nisto em seu próximo projeto!
(FONTE: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=32&Cod=94)
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